segunda-feira, janeiro 30, 2017

EMA - Açores



O Governo dos Açores vai criar uma estrutura de missão para gerir, administrar e coordenar todas as atividades científicas e técnicas de âmbito aeroespacial a desenvolver na região, segundo uma resolução publicada em 30-01-2017em Jornal Oficial.

http://azores.gov.pt/JO/Operations/DownloadDiplomaPDF/?pID={B1A5FB78-B1D1-4E99-94DA-9B04E1C9CF97}

Segundo a resolução, a estrutura de missão, que vai ser liderada pelo Eng. Luís Santos, visa “potenciar o desenvolvimento de investigação científica que conduza à aquisição de novos conhecimentos, produtos, processos e serviços nos domínios da sua área de intervenção”.

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Engº. Luís Ramalhais dos Santos


“Promover, participar e coordenar atividades de investigação e desenvolvimento, projetos e programas científicos e tecnológicos nos seus domínios de atuação” é outro dos objetivos da iniciativa, que vai funcionar na dependência do secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Meneses.
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A estrutura, designada de EMA-Espaço, pretende, também, “reforçar a colaboração, articulação e promoção entre setores relevantes da economia e da investigação” açorianas e instituições externas, para garantir que o arquipélago acolha “projetos de natureza científica internacional”.
Gui Menezes explicou que “no âmbito das reconhecidas potencialidades que a região autónoma tem para o desenvolvimento de atividades de índole aeroespacial, bem como a estratégia que o Governo [açoriano] tem há muito vindo a implementar de dotar a região de infraestruturas que possam suportar este tipo de atividades”, tem-se verificado “um crescente interesse” de várias entidades “em colaborar” nesta área.
Entre essas infraestruturas e projetos que podem trazer “uma vantagem competitiva para o desenvolvimento deste setor aeroespacial” nos Açores está a Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e Espaciais, que visa o estabelecimento de quatro estações geodésicas fundamentais destinadas à realização de estudos de astronomia, geodesia e geofísica, duas das quais localizadas nas ilhas de Santa Maria e das Flores.

Acresce o observatório de investigação climática na Graciosa, ilha onde está, igualmente, a estação de monitorização e deteção de infrassons, que integra a rede da comissão preparatória da organização do tratado de proibição total de ensaios nucleares.
Gui Menezes apontou, também em Santa Maria, a “estação de rastreio de lançadores de satélites da Agência Espacial Europeia”.

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Sobre potenciais projetos, o governante exemplificou com o “interesse demonstrado por algumas empresas em montar um porto espacial para o lançamento de microssatélites”, a implementação de um centro de investigação internacional nas áreas das ciências da Atmosfera e Alterações Climáticas, Energia, Espaço e Oceano, o denominado AIR Center, ou o envolvimento do Governo Regional com o Executivo nacional no âmbito do programa de apoio à localização e à vigilância no espaço.
“A exigência que estes projetos têm do ponto de vista técnico e alguma complexidade, e, também, a necessidade de envolver outras entidades regionais neste esforço, julgamos que era relevante a necessidade da criação de uma estrutura de missão”, destacou o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, adiantando que o futuro coordenador, Luís Santos, “tem sido a pessoa na região que tem estado mais envolvida nestes assuntos aeroespaciais”.

quarta-feira, janeiro 04, 2017

2017 o ano dos cometas P


Durante 2017 surgirão nos céus 3 cometas periódicos muito brilhantes, nomeadamente o 45P, o 41P e o 2P para além de outro designado por C/2015 V2 Johnson.

Logo na primeira semana de janeiro será o cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova que se aproximará a 0,08 unidades astronómicas para depois desaparecer a oeste e reaparecer mais brilhante no quadrante este em fevereiro.

As imagens deste cometa foram obtidas depois do pôr de Sol entre as 18:15 e as 18:30 h em Ponta Delgada já com o cometa muito baixo no horizonte ofuscado pela poluição luminosa da cidade e pelo surgimento de nevoeiro a sudoeste. É notória a sua silhueta azul esverdeada resultante da presença de cianogénio libertado pelo impato do vento solar no cometa e a sua cauda de poeiras.

 


Depois virá o cometa 2P/Encke que reaparece todos os 3,3 anos e que atingirá o periélio a 10 de março com uma magnitude 7 tornando-se também visível com binóculos.

Seguir-se-á o cometa 41P/Tuttle-Giacobini-Kresak que será ainda mais brilhante a atingir uma magnitude 5 na Primavera tornando-se visível a olho-nu.

Em maio e junho será a vez do V2 Johnson com magnitude 6. Contudo já é visível com auxilio de telescópio, antes do sol nascer, movendo-se entre as constelações do Boeiro e de Hércules.



Se as condições atmosféricas permitirem na devida altura tencionamos acompanhar a evolução destes cometas, realizando imagens e calculando a evolução das suas magnitudes e estruturas, participando na chamada do PSI – Planetary Science Institute aos astrónomos amadores e profissionais para uma campanha mundial de monitorização destes cometas bem como do 46P/Wirtanen em 2018.

 
Possível existência de duas caudas, "outburst" ou poluição luminosa ?
 Imagem obtida pela integração de todas as imagens em numero de 50 feitas
ao longo de toda a sessão.