sexta-feira, setembro 23, 2016

Azores International Research Center



Azores International Research Center pode estar formalmente constituído em 2017, afirma Brito e Abreu.
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou, em Bruxelas, que o Azores International Research Center “deve estar formalmente constituído no decorrer de 2017”, acrescentando que se prevê que tenha "um figurino jurídico semelhante a outros centros de investigação internacionais, como o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) ou o INL (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia)”.
 
Fausto Brito e Abreu falava à margem do 6.º workshop ‘Atlantic Interactions: Knowledge, Climate Change, Space and Oceans’, organizado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia para debater a agenda do futuro Azores International Research (AIR) Center.
 
Este centro de investigação internacional sobre o espaço, as alterações climáticas e o oceano terá, para além da dimensão científica, “uma dimensão de negócios muito importante em várias áreas, como por exemplo, o espaço”, frisou o Secretário Regional. 
 
“Há várias empresas interessadas em utilizar os Açores como uma plataforma de lançamento de microssatélites”, adiantou, defendendo que poderá vir a existir na Região “um pequeno ecossistema de empresas ligadas ao espaço que criem sinergias entre si”.
 
As empresas presentes neste workshop “mostraram interesse em participar nos investimentos do AIR Center”, afirmou Brito e Abreu, lembrando que este centro investigação “beneficiará das infraestruturas existentes” no arquipélago.
 
Segundo o governante, o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, bem como vários representantes das direções gerais do Mar, do Mercado Interno, Indústria e Empreendedorismo da Comissão Europeia “mostraram grande entusiasmo pela ideia a instalação de um centro com estas caraterísticas nos Açores”.
 
Fausto Brito e Abreu enalteceu o "extraordinário trabalho que o Ministro da Ciência, Manuel Heitor, e o Presidente da FCT, Paulo Ferrão, têm desenvolvido" na agregação de apoios internacionais para a criação do AIR Center, "incluindo parceiros do Atlântico Sul, como o Brasil e África do Sul".
 
GaCS/GM

 

segunda-feira, junho 20, 2016

Outra gigante

Outra gigante, denominada Região Ativa 2553, transita no disco solar, já na direção do limbo solar oeste. Peculiar que neste período de Minímo Solar só apareçam manchas solares gigantes (4 a 5 x o tamanho do nosso planeta).

segunda-feira, junho 13, 2016

M81 e M82

 
Imagens obtidas pouco antes do nevoeiro cobrir todo o céu no espaço de 10 minutos na noite de 11 junho com muita poluição luminosa à mistura.
Galáxias M81 e M82 da constelação da Ursa Maior.


SN2016coj na Ursa Maior

 
Mais uma supernova do tipo Ia que explodiu na galáxia NGC4521 situada a cerca de 75 milhões anos-luz. Segundo análises espetrais a velocidade de deslocação do material estelar ejetado para o espaço em redor foi feito à velocidade de 14000 km por segundo. Esta galáxia onde se situa a SN2016coj está na constelação do Dragão muito perto da Ursa Maior e é visível com um telescópio de 8 polegadas dando a ideia de que a galáxia possui dois núcleos, tal a explosão que correspondeu à energia emitida por um bilião de sóis!!

 
um "crop" a 100% da magem original mostrando commais clareza a Supernova 2016coj e o seu brilho azulado ligado ao nível da explosão inicial e da velocidade da expansão do material estelar (seria interessante confirmar com uma espetro!).

quinta-feira, junho 09, 2016

Novo (velho) Setup

 
A ccd SXL-8 de novo a trabalhar em Win95 e com uma objetiva Canon de 300mm.
Devido ao peso da cablagem com 5m de extensão entre o controlador e a ccd optou-se por uma mesa de trabalho muito portátil.
A camara ccd SXL-8 é da Starlight Xpress sendo um modelo de 1996 de porta paralela com um sensor 7,68x7,68 mm de 512x512 pixel dotada de uma Peltier que permite levar o sensor a -45ºC.
 

Este setup completamente portátil, anda sobre rodinhas, e é possível desloca-lo rapidamente para qualquer sítio, tendo as ligações todas feitas basta ligar à rede.

 
Este setup pode ser aplicado em qualquer montagem ou mesmo num tripé como mostra a imagem.
O Telrad datado também de 1996 já não funcionava por ter a eletrónica oxidada e teve que ser todo desmontado para que fosse novamente utilizado em condições.
A placa onde assenta a ccd e o Telrad é metálica e foi adquirida por 2€ no Maxmat!! Na placa existe ainda a hipótese de instalar um pequeno refrator.


Como o transformador do portátil (HP de 1998) sobreaquecia demasiado instalámos um sistema de arrefecimento de placas com ventilador de 12V (Peltier).


Primeiro teste ao setup com a recuperada ccd SXL-8 da StarlightXpress: apesar da poluição luminosa (as imagens foram feitas praticamente ao lado de um candeeiro de luz de sódio da iluminação pública) e aplicando o modo "multiexposure" e "slew and sum" de que é dotado o software da camera ccd, conseguimos ter uma imagem de Antares com a Messier 4. Ficamos a aguardar melhores condições para voltar a testar este equipamento "vintage".



Características da ccd SXL-8:

  • Pixel data: 512 x 512, 15uM square.     
  • Array size: 7.68 x 7.68mm active area (10.8mm diagonal).     
  • Antiblooming: Overflow drain system capable of handling up to 200 lux illumination without blooming.     
  • Full well depth: 150,000 electrons.     
  • Dark current: Approx. 1 electron per sec at -30C.           
  • Quantum efficiency: Typically 30% at 530nM.     
  • Readout noise: Typically 20 electrons at -20C with correlated double sampling.     
  • Window Material: Double sided anti-reflection coated crown glass.     
  • Camera cable: 5 metres standard.    









  • A minha primeira supernova de 2016

     
    A Supernova SN2016cok na M66 vista na noite de 8 junho de Ponta Delgada, Açores, apresentava-se com uma magnitude visual da ordem de 16 do tipo Ia.
    Integração de 20x35 s em condições de muita poluição luminosa e de atmosfera muito contaminada por partículas de fumos.
    Realizado com Celestron 203mm a f/6.3 com Canon 350D modificada e filtro CLS Astronomic sem guiagem em montagem GPDX da Vixen. Software de tratamento Íris com pré-tratamento usando master flat, master dark e master-offset. Anotações com PS5.

    quarta-feira, junho 01, 2016

    Marte no perigeu.

     
    Finalmente as nuvens permitiram fazer algumas imagens do planeta um dia depois de ter atingido o seu perigeu que só voltará a acontecer daqui a dois anos e 2 meses.
    A nossa imagem, obtida com um C8 a f/20 e com uma SPC900nc é comparada com a imagem produzida por um simulador, o Mars Previewer II. Apesar da grande turbulência atmosférica ainda se conseguem distinguir muitos aspetos da geografia marciana.

     
    1 de junho: tratamento mais acurado com o RegiStax 6 e o MaximDL com a dição de duas imagens fits. Mesmo assim pouco melhorou.

    segunda-feira, maio 16, 2016

    Atividade solar em 16 e 23 Maio


     
     

    sexta-feira, maio 13, 2016

    Os 15 anos do OASA e a tomada de posse da Comissão Científica


    No dia 11 de maio foram festejados os 15 anos de existência do OASA - Observatório Astronómico de Santana Açores com uma cerimónia aberta ao público e onde foi dado pose à Comissão Científica pela Dra. Teresa Silva.

     
     
     

    segunda-feira, maio 09, 2016

    Transito de Mercurio de 9 de maio 2016

    Fase de Ingresso: 2º contato

    Próximo da fase final

    Setup
     
     Fase final
     
     Ingresso de Mercúrio no disco solar
     

    Fase inicial
    Passagem pelas RA 2542 e 2543

    sábado, abril 30, 2016

    O 81P, o 252P a galáxia da Baleia e o olho negro.

    As noites de 29 de abril  e 1 de maio proporcionaram condições razoáveis para a observação astronómica apesar da brisa constante de NE e de muita turbulência atmosférica que fazia cintilar as estrelas, sobretudo na noite de 29.
    Fizemos imagens de objetos em zonas opostas: a NGC4631 ou galáxia da Baleia na constelação dos Cães de Caça a NW , do cometa 81P Wild e do cometa 252P/Linear muito baixo no horizonte de SE agora na constelação de Ophiucus e ainda da galáxia M64.

    A NGC4631 acompanhada pela galáxia anã interativa NGC4627 situa-se a 25 a 30 milhões de anos-luz e é uma galáxia espiral enquanto a sua companheira é elitica. Apresenta uma atividade inusitada com um bulbo central assimétrico e onde ocorrem explosões de Supernovas e de estrelas azuis com um período de vida muito curto.




    O cometa periódico de curta duração 252P/Linear depois de ter aumentado de brilho 100x e ter dado um espetáculo a olho-nu para os observadores no hemisfério sul, surge agora no nosso hemisfério com um brilho muito mais fraco ( cerca de 7,5) e esverdeado devido à presença do carbono diatómico (C2) que se torna fluorescente com a radiação solar. na noite de 29 transitava a sul da estrela Rasalhague a 1/4 Unidades Astronómicas.



    Todas as imagens foram obtidas com um Celestron de 8 polegadas a f/6,3 e uma Canon 350D desfiltrada e dotada apenas com um filtro anti-poluição luminosa CLS. O software aplicado foi o Iris com pré-processamento usando master dark, flat e offset e integrando mais de uma dúzia de registos de 50 segundos cada e sem guiagem.



    sexta-feira, abril 08, 2016

    Finalmente alguma atividade de relevo

    O Sol atravessa um período de muito baixa atividade porque está no designado Mínimo Solar com repercussões no fraco aparecimento de Manchas Solares ou quanto muito com estruturas muito simples. Finalmente desde ontem que roda no quadrante NE junto ao limbo uma mancha solar mais complexa e de dimensão grandiosa (pelo menos duas vezes o tamanho do nosso planeta) apresentando fáculas e multi polaridades que poderão evoluir de uma Dki para algo ainda magnéticamente maior que poderá produzir algumas Ejeções de Massa Coronal.
    Deixo-vos aqui a imagem da Região Ativa 2529, resultante do "stack" de 500 "frames" feito com um ETX90 e uma SPC900nc com redutor de focal.

     
    A 16 de abril registámos imagens em H-alfa e na LV. Durante todo este período só foram produzidas algumas fulgurações da classe C e apenas no dia 18 foi registado um evento maior da classe M.
     

    segunda-feira, março 21, 2016

    C/ 2014 S2 Panstarrs

    Cometa C/2014 S2 Panstarrs visto de Ponta Delgada na noite de 17 março. Apesar da poluição luminosa causada pela Lua em quarto crescente e daquela introduzida pela iluminação pública da cidade, fizemos um pacote de 30 imagens de 50 segundos cada, sem guiagem. O cometa situa-se entre as constelações das Ursas Maior e Menor com uma magnitude de 9,5 só visível com telescópio. Encontra-se a uma distância de 1,866 Unidades Astronómicas do nosso planeta.


    sexta-feira, março 18, 2016

    Um asteroide que se converteu em cometa



    Na altura da sua descoberta pela Pan-STARRS, em 22 janeiro de 2016, o asteroide 2016 B14 tinha uma magnitude entre 19 e 20 sendo de visibilidade muito fraca (250.000 vezes mais fraca do que a estrela menos visível a olho-nu).

    Mais tarde foi considerado um objeto potencialmente perigoso para o nosso planeta uma vez que poderia fazer no futuro aproximações tangenciais, devendo passar agora a 22 de Março apenas a 14  distâncias lunares da Terra.

    Entretanto os astrónomos M. Knight, M. Kelley e Silvia Protopapa detetaram o aparecimento de uma ténue cauda de poeiras neste asteroide passando assim a ser considerado um cometa, o P/2016 BA14 Pan-STARRS.

    Por coincidência, um outro cometa era suposto fazer a sua aparição em 21 de março com o mesmo período orbital, o 252P/Linear, passando apenas a 9 distância lunares da Terra. Chegou-se a pensar que esta coincidência revelasse apenas e afinal a cisão em dois deste cometa.

    Assim, estes dois cometas fazem uma aproximação ao nosso planeta que não era verificada à 246 anos com o cometa Lexel passando a 5,9 distâncias lunares em julho de 1770.

    O B14 Pan-STARRS não será visível a olho-nu e, mesmo agora a sua deteção é extremamente difícil.

    A imagem obtida por nós, dimensionada a 100% e representando apenas uma pequena zona da imagem global, é o resultado da integração de 25x50 segundos com um apocromático de 66mm a f/6 e uma Canon 350D modificada. Foram adquiridas na noite de 17 março com grande interferência da Lua em quarto crescente e de muita poluição luminosa na periferia de Ponta Delgada. Nesta imagem do cometa foi inserido um mapa estelar produzido com o SkyMap e representando a mesma zona do céu.

    O cometa B14 Pan-STARRS assinalado pela seta

    segunda-feira, março 07, 2016

    Nebulosa da Chama e a B33

    IC 434 ou Nebulosa da Cabeça do Cavalo faz parte do grande complexo de gás molecular da constelação de Orion e é uma nebulosa escura feita de poeira a sul da estrela Alnitak pertencente à cintura de Orion ou ainda conhecida popularmente pelas "3 Marias".
    A imagem resultou de uma observação realizada por nós entre as 20:00 e as 21:00 horas locais no serão de 5 março 2016 em Ponta Delgada (Fajã de Baixo) e é a mediana de 46x60 segundos com um apocromático de 66mm a f/6 e uma Canon 350D a 1600iso a quem foi retirado o filtro original e acrescentado um filtro anti-poluição lumiosa CLS-Astronomik.

     
    Nebulosa da Chama e a nebulosa escura B33


    

    sábado, fevereiro 27, 2016

    Grupo M81-M82 e as Pleiades

    A galáxia de Bode ou M81 e a galáxia do cigarro ou M82 formam um grupo de galáxias próximo do nosso Grupo Local e a M82 é conhecida por ser um centro gerador de estrelas tendo recentemente produzido a Supernova 2014j.


    M45 ou Pleiades


    Com processamento mais adequado


    sexta-feira, fevereiro 26, 2016

    Uma cascata no céu

    Na continuação das nossas observações na noite de 25 fevereiro apontámos o nosso refrator de 66 mm para a zona da NGC1502 onde brilham entre 20 a 25 estrelas entre as quais a estrela dupla Struve 485AE que na realidade é afinal um sistema múltiplo de 9 estrelas. No seu conjunto este enxame globular de estrelas tem uma magnitude visual em torno dos 6,9 e reside a 3,26 anos-luz.
    No entanto a sudeste deste enxame globular existe um conjunto de estrelas que se destacam pelo seu brilho formando uma cadeia de aproximadamente 2,5 graus de comprimento com estrelas de magnitude entre 10 e 11: consitui a denominada Cascata de Kemble.
    Descoberta pelo astrónomo amador Lucien J. Kemble quando observava esta zona com uns simples binóculos de 7x35, em 1980 foi dado o nome do seu descobridor pelo colunista da revista Sky and  Telescope.

    Aqui fica a nossa imagem e um mapa que permitirá descobrir a sua localização de modo a ser observada binocularmente.



    O cometa Catalina rodeado por objetos estelares de natureza diferente

    Por cerca de hora e meia o céu esteve descoberto na noite de 25 de fevereiro, permitindo obter algumas séries de imagens do cometa C/2013 US10 Catalina que atravessava um campo estelar muito interessante onde eram visíveis uma nebulosa planetária - NGC1501, a 4890 anos-luz e de magnitude visual de cerca de 11,5 e com a aparência de uma globo azulado. À sua direita residia o enxame globular de estrela, designado por NGC1502.
    Deixamos aqui a integração de 20 imagens de 45 segundos cada pré-processadas com  master frames flat, dark e offset e obtidas com um refrator apocromático ED de 66mm a f/6 e uma Canon 350D desfiltrada e dotada de um filtro CLS anti poluição luminosa.
    O cometa US10 Catalina apresenta ainda uma extensa cauda iónica com a de poeiras muito condensada em torno do falso núcleo.



    quarta-feira, fevereiro 24, 2016

    O transito de uma vida

    No próximo mês de maio, precisamente no dia 9 haverá um novo transito do planeta Mercúrio em frente ao disco solar, precisamente 13 anos depois daquele avistado à tangente nos Açores em 7 de maio de 2003. Aqui ficam os tempos de ingresso e saída do planeta bem como um diagrama do evento visto dos Açores.

    Um gif animado do transito de Mercúrio verificado em 7 de maio de 2003 e visto de Ponta Delgada, Açores, dá uma ideia do acontecimento registado com um refrator Vixen 105mm.
     

    quinta-feira, fevereiro 04, 2016

    IC1795 (Nebulosa do Coração ou Running Dog Nebula) e IC1805 (Fishhead Nebula)

     
     
    Situadas na constelação da Cassiopeia a cerca de 6000 anos-luz é uma extensa região berçário de estrelas. A imagem foi obtida com um Apocromático 66mm a f/6 e uma Canon 350D modificada a 1600iso e é o resultado da integração 30x50s.