quinta-feira, julho 17, 2014

A Nebulosa do Euro


Situada na constelação do Cisne tem cerca de 25 anos-luz de diâmetro, e está a aproximadamente 4.7 mil anos-luz de distância da Terra (felizmente!).
É uma nebulosa muito difícil de fotografar dado que as estrelas brilhantes que a rodeiam “queimam” a imagem da nebulosa quando fazemos exposições de longa duração.
Em todo o caso realizámos 30 exposições de 40 segundos cada que depois de integradas e pré-processadas com os respetivos darks, flats e offsets, foram suficientes para revelar a zona mais luminosa da emissão do hidrogénio da bordadura da nebulosa que faz lembrar o símbolo €. Não utilizámos também os filtros normalmente aconselhados (Halfa ou OIII).


A estrela central da nebulosa é uma Wolf-Rayet (WR 136), considerada uma estrela rara muito muito massiva mas que perdeu a sua massa de forma acelerada devido aos fortes ventos solares que também moldam o ambiente á sua volta, expelindo o equivalente à massa do nosso Sol a cada 10.000 anos. Dentro de alguns milhões de anos, a WR 136 deverá dar origem a uma supernova.
A imagem dá relevância às estrelas azuis dado ser uma região propícia á formação de estrelas, nebulosas escuras resultantes da concentração de gás e poeira cósmica ali existente.

quarta-feira, julho 16, 2014

Um DAMACLOIDE: um asteroide que se tornou cometa

 
 
 


Pela primeira vez observou-se um asteroide , designado por2013 UQ4 e descoberto a 23 de outubro pelo Catalina Sky Survey, a transformar-se num cometa, o C/2013 UQ4 Catalina. Anteriormente a este caso, em 2002, o NEO 2001 OG108 havia dado origem a uma cabeleira cometária e foi por isso reclassificado também como cometa: C/2001 OG108 (LONEOS).

Em 7 de maio de 2014, Taras Prystavski e Artyom Novichonok observavam o asteroide quando deram conta do desenvolvimento de uma cauda de poeiras.
Este tipo de asteróide pertence á classe dos Damacloides e são caracterizados por serem objetos de período longo com órbitas retrógradas e muito excêntricas.

Presentemente passa a grande velocidade na constelação do Dragão vindo do hemisfério sul, crescendo em magnitude e tendo atingido a distância mínima ao nosso planeta de 47 milhões de quilómetros a 10 de julho. Percorre cerca de 7 graus em 24 horas o que produz imagens como aquela feita por nós na madrugada de 16 de julho em que é visível o seu trajeto em cerca de 35 minutos.
Em grande medida isto dificulta o posicionamento do cometa no campo de visão reduzido de um telescópio com maior ampliação.

A imagem é o resultado da integração de 32x40 segundos a 1600 iso com uma Canon 350D modificada e dotada de um filtro anti-poluição luminosa (CLS clip system) em foco direto num Celestron de 203mm com um redutor de focal f/6.3. Na mesma imagem, no canto superior direito é visível uma galáxia PGC de magnitude 15,1.

Simulação produzida pelo SkyMap mostrando o trajeto do asteroide/cometa.

terça-feira, julho 01, 2014

Atividade solar

Com o aparecimento destas duas Regiões Ativas cresceram as possibilidades de se produzirem fenómenos fulgurativos de raios X nos próximos dias.